Câmara pautará projetos de exploração infantil após denúncia de Felca

A denúncia feita pelo youtuber Felipe Bressanim, conhecido como Felca, sobre exploração infantil no mundo digital viralizou e mobilizou o Brasil. Ao tomar conhecimento sobre o assunto, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que pautará projetos sobre o assunto no Legislativo.
“Esse é um tema urgente, que toca no coração da nossa sociedade. Na Câmara, há uma série de projetos importantes sobre o assunto. Nesta semana, vamos pautar e enfrentar essa discussão”, disse Motta.
As declarações do paraibano foram dadas nas redes sociais, no último domingo, 10, quando o país celebrou o Dia dos Pais. Na ocasião, ele ainda agradeceu a Felca por expôr o problema social e colocou o Legislativo à disposição para debater o caso.
Entenda o caso
O youtuber Felca publicou um vídeo no YouTube, na última quarta-feira, 6, denunciando a exploração de menores protagonizada pelo influenciador paraibano Hytalo Santos e citando outros casos de exploração de menores.
Veja vídeo
Entre os exemplos utilizados por ele no vídeo, está o de Kamyla Santos. Para Felca, o influenciador Hytalo Santos usa a imagem da jovem para lucrar e, mesmo sendo uma menor de idade, com 17 anos, é explorada.
O youtuber também traz vários trechos de vídeos publicados nas redes sociais de Hytalo com jovens e faz criticas sobre o assunto. Ele ainda fala sobre os possíveis rendimentos obtidos pelo paraibano com o Jogo do Tigrinho.
O vídeo de Felca possui quase 50 minutos de duração e já atingiu mais de 24 milhões de visualizações.
Projetos na Câmara
O Legislativo brasileiro tem um série de projetos que trata sobre a exploração infantil, entre eles, está o PL 2.602/2025, apresentado pelo deputado Waldemar Oliveira (Avante-PE), que discute sobre a atuação de crianças e adolescentes como influenciadores digitais mirins.
A proposta, que entende como influenciador mirim, criança ou adolescente com idade inferior a 16 anos que, de modo regular e com finalidade econômica, prevê diversas regras para a permanência desse público nas redes sociais como forma trabalhista. Entre elas, estão:
- Autorização judicial para o uso das redes sociais;
- Horários compatíveis com frequência escolar;
- 50% das receitas obtidas pelo influenciador devem ser depositadas em caderneta de poupança de banco oficial, e só pode ser movimentada após o influenciador completar 18 anos;
- Fonte:Bahia.Ba
Post a Comment